quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Emily Dickinson




Não era a Morte,
pois de pé me erguia,

E os que morrem – desabam –

Não era a Noite – em sua Língua os Sinos


“Meio-dia” – falavam –

Não era o Gelo, pois na minha Carne

Rastejava – o Siroco –

E se a capela os pétreos pés me tinham


Frios – não era o Fogo –

Mas me sabiam a essas coisas todas

Os Vultos que eu já vira

Postos em ordem para algum Enterro


Que o meu me parecia –

Qual se aparada a minha vida fora

Para caber num quadro,

Sem poder respirar, perdida a chave,


E a Meia-noite ao lado –

Quando tudo que pulsa – agora extinto –

E o Espaço a olhar em volta –

O Gelo horrendo na manhã de Outono


Cobrindo a Terra morta –


E mais o Caos – irrefreável – frio –

Sem Mudança ou Roteiro –

Sem Notícia do Mundo que dê causa

A esse Desespero




Emily Dickinson

Um comentário:

  1. Frederico,

    Deixei uma mensagem de amizade e de Ano Novo dedicada aos meus amigos, lá no blog. Espero por você!

    Um Feliz 2012 amigo!
    Felicidades sempre!

    Beijo,

    Gislene.

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